sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tem tipo que vem como trem.

Trem desgovernado. Atropela-me.

Joga-me para o alto pra eu cair devagar.

Tem tipo que vem nos trilhos.

Não dá nem vontade de entrar no vagão.

Sempre gostei da adrenalina.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Livro"

Sempre foi assim, livro novo, livro velho, a última página era lida de um jeito ou outro. Mas de repente eu perdi esse hábito. Comecei a saborear o livro. Ainda leio as últimas linhas, sei do fim, mas quero saber o meio, e então começo. Os epílogos sempre chegam, os meus são todos antecipados. Sei do fim antes mesmo de ler a primeira página, por isso não me arrisco a ler aquilo que não gosto do final. Mas acho que... Alguns livros não tem fim. E o gosto agridoce do fim fica presente na garganta. E todo livro guarda uma história nas entrelinhas.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Eu sou uma estação, é isso. Assim não dói, porque sei desde o começo que sou passagem..."

Tati Bernadi.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"(...) que a segunda vez que vê uma coisa é na verdade a primeira vez. Você precisa saber como a coisa termina antes de poder apreciar sua beleza desde o início."


David Gilmour - O clube do filme.



domingo, 20 de novembro de 2011

Como todas as outras vezes eu acabei me decepcionando. Você se tornou uma coisa inventada, medida e aparada aos costumes de um livro. Você se tornou tudo aquilo que ninguém esperava.

Você fala do medo como se o seu não fosse o maior. O medo de ser apanhado, de não ir pro paraíso. Medo de assumir. Pra ti pedir desculpas faz ser perdoado. Você vendeu lembranças, não ligou pra amizade. Se enfiou numa casa, quebrou copos. Acabou que liberdade nunca esteve no seu dicionário. Já diria ela, “Eu destruiria sua perfeita ordem para torna-lo bonito”.

sábado, 19 de novembro de 2011

Super-Herói.

Um garoto tinha medo de ficar sozinho.
Não importava pra onde andasse o medo dava um tapa na sua cara.
Sua família ele tinha de ajudar. Mas o medo pedia pra parar.
Certo dia, o garoto recebeu uma história.

Na história um super-herói ele era. As mulheres de sua casa eram suas prioridades. Era o menino mais forte do planeta. Mas toda história tem um vilão. Dessa, ele se chamava MEDO. Medo era um sentimento horrível que o super-herói tinha, e não importava quantas vezes ele tentasse, não conseguia combate-lo. Mas certo dia, vendo toda sua família infeliz, arranjou força e coragem e foi pra luta. O Medo ficou com medo.

Sempre que esse menino lia a história ficava feliz, tão que transbordava pelos olhos. E o medo, foi embora. Sua família estava feliz, e ele tinha se tornado seu próprio herói. Agora a história desapareceu; talvez o medo tenha a levado, mas não há um dia que o garoto não se lembre da história completa.

Por um tio, por uma doença, por uma família. Por mim.