sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Adormecido.

Ou vivo.

Teu pedaço de céu cai quando você fica desprotegido de si. Quando nem teus pensamentos são seguros. Você se perde num labirinto cheio de veias. Você se engana em qualquer curva, cicatriz ou hematoma. Você mente pra si mesmo apostando que vai melhorar alguma coisa, você espera um mês inteiro e ninguém aparece. Ninguém liga. E tudo o que você faz é esperar. Abre um livro qualquer, em qualquer página só pra sentir um pouquinho dela. Escreve uma inicial no pulso pra lembrar que estar perto não é físico, pra deixar de sentir tanta saudade e pra viver um daqueles dias em que vocês lutavam contra dragões juntos, sem quilômetros separando.

Acordado.
Ou morto. 

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